terça-feira, 5 de junho de 2012

Diário de um escravo




Cabreúva,  16 de Abril de 1687 

Estou morrendo de saudade do meu "baba" (pai) e de minha "nchi" (terra) , pois eles são as únicas coisas  eu tenho nessa vida. Acredito que estou muito longe dele,  porque uns brancos me pegaram e me colocaram dentro de um navio e me trouxeram para esse lugar chamado Brasil.


Logo quando cheguei fui trabalhar na lavoura,o sol e muito quente e todo dia se parava para descansar, eu levava chicotada. Foi quando eu vi o filho do barão, olhando pra mim, ele mexeu com o meu coração ele me olhou de um jeito diferente.     


Quando acordei no meio da noite tinha uma pessoa me olhando, pelo estreito da porta da senzala, como não estava de castigo  e eu fui pra perto da porta. Quando cheguei lá era ele o filho do barão com uma capa preta, e ele me pediu silêncio me deu as chaves das cadeias e saí ele ficou me olhando não pude evitar e  dai foi quando eu me apaixonei por ele  e ele por mim.


Passou uns dias  e o  pai dele descobriu, ficou bravo com ele  e disse a ele que ia me matar  no dia seguinte . O Barão ainda deu a  maior surra da sua vida, no filho.


Mas quando foi no meio daquela noite o filho do barão foi até a mi e ,me chamou e pediu  pra fugir com ele, apaixonada, não vacilei e naquele momento fugimos para bem longe.

Anos depois voltamos pois ficamos sabendo que o pai dele estava morrendo e voltamos para casa grande e o ultima coisa o barão me falou foi ´´desculpa meu filho, não pude ver você crescer e os meus netos !"  " ".. e eu fiz um testamento declarando você e sua esposa como meus herdeiros aceitando o seu casamento e libertando todos os escravos. Naquela hora foi uma choradeira só.


Devido ao arrependimento do Barão acredito que Deus ouviu as preces de meu amado r ele ainda viveu anos e pode carregar meus filhos em seus braços.
                                                
                                          
Colaborador : Leticia de Oliveira Santos





Texto enviado por colaborador como atividade pedagógica, com pouca correção ortográfica ou  intervenção  textual, por parte do redator

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